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Depois do amor e da fome, prevalecem nas boas cabeças e nos justos corações - mais do que tudo - a vontade estética e o interesse de ser imortal. É o ideal do artista, como pessoa e como construtor do mundo e das existências do mundo. Proust, o autor de “La recherche du temps perdu”, saudosista de costumes e pragmático em acontecências, ressaltou que não haverá - na arte ou em qualquer outro setor intelectual - realidade mais profunda que aquela onde personalidades procuram encontrar expressões e ações da vida. Nada mais exato, porque a função da arte é principalmente a de descobrir verdades e reconstituir valores da consciência coletiva.

Wanderlino Arruda